Noir francês

A lua na sarjeta (La lune dans le caniveau, 1983), David Goodis por Jean-Jacques Beineix.

domingo, 11 de outubro de 2009

O FALCÃO MALTÊS

Este é sem dúvida um dos dez melhores filmes policiais de todos os tempos, um modelo recorrente, além de integrar a lista dos cem melhores filmes americanos. É também um dos mais fiéis ao livro que o inspirou, O falcão maltês, de Dashiell Hammett. O entrecho, o ritmo, a dicção, a ironia, as frases de efeito, a frieza dos personagens, a ambiguidade que os movimenta, tudo isso já estava previamente no livro. Coube a Huston dar vida e estilo às cenas e dirigir tão rigososamente os atores, que nem nos lembramos de que são simples personagens. Se Pacto de sangue, de Billy Wilder é considerado a primeira obra-prima genuinamente noire, com os elementos que vão caracterizar o gênero (a mulher fatal que enreda o protagonista, a paixão desenfreada que o arrasta e obriga a cometer o crime, a atmosfera de desencanto com a existência, o sonho de riqueza e a solidão final como punição), o filme de Huston, por sua vez, é historicamente o primeiro a esboçar com consistência tais elementos. Constitui, portanto, um marco, o ponto de partida de um gênero que por duas décadas se inventou e reinventou, culminando com Rififi (1955), de Jules Dassin. Título original: The maltese falcon. Direção e Roteiro: John Huston. Ano e país de produção: 1941, EUA. Fotografia e duração: p&b, 100'. Atores principais: Humphrey Bogart, Peter Lorre, Mary Astor e Lee Patrick.

2 comentários:

O Neto do Herculano disse...

Certamente é um dos melhores filmes de todos os tempos (sem exagero, top 100), é Humphrey Bogart em ótima forma.

Lidi disse...

Mayrant, se adorei Pacto de Sangue e Rififi, preciso, urgentemente, assistir a este filme. Vou procurar por aqui. Se não conseguir, te escrevo. Um abraço.