Noir francês

A lua na sarjeta (La lune dans le caniveau, 1983), David Goodis por Jean-Jacques Beineix.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ANATOMIA DE UM CRIME: O LIVRO

De volta à estante, o romance que inspirou um dos melhores filmes policiais de todos os tempos, Anatomia de um crime (1959), de Otto Preminger, com James Stewart, Lee Remick e Ben Gazzara, em início de carreira. O filme foi indicado a sete categorias do Oscar, inclusive a de melhor filme.

O livro homônimo estava esgotado no Brasil há várias décadas, era uma raridade editorial só encontrada nos sebos e a preços pouco convidativos. A José Olympio Editora acaba de lançar uma nova edição, com tradução da escritora Sônia Coutinho. Escrito por um ex-promotor, Robert Traver, e baseado numa história real, Anatomia de um crime se passa numa cidadezinha do Meio-Oeste americano, onde o advogado Paul Biegler, com a carreira comprometida, tem a oportunidade de se reabilitar perante a sua categoria profissional, defendendo o tenente Frederick Manion, acusado de assassinar o homem que supostamente teria estuprado sua esposa. Mas o caso não é assim tão simples. Houve realmente estupro? O que houve, na verdade? E qual é o grau de envolvimento da mulher com o homem que foi morto?

Se Alfred Hitchcock afirmava que livros ruins davam bons filmes, o inverso também é verdade. Mas o caso aqui é de um ótimo livro que originou um ótimo filme. Em tempos de romances de qualidade duvidosa, e pretensiosos filmes policiais que, ao fim, não passam de um saco de tiros, sopapos, correria, perseguição de carros e explosões pirotécnicas, leia e depois veja Anatomia de um crime. A perenidade de ambos não é por acaso.

4 comentários:

Lidi disse...

Vou ver se encontro este filme por aqui. Servirá para a minha pesquisa. Um abraço.

Lidi disse...

Thiago tem, Mayrant. E nunca me emprestou. Veja como são as coisas. (risos) Um grande abraço.

Anônimo disse...

Epa, caríssima, você nunca perguntou. Vamos devagar aí nessas coisas(rs). Aquele abraço.

Lidi disse...

Assisti, Mayrant, empréstimo do amigo T. Muito bom mesmo. Excelentes atuações. Já conhecia James Stwart, por causa dos filmes do velho Hitch. Adorei o humor irônico de Otto Preminger. Um grande abraço.