Noir francês

A lua na sarjeta (La lune dans le caniveau, 1983), David Goodis por Jean-Jacques Beineix.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

DASHIELL HAMMETT

Dashiell Hammett (1894-1961). O autor que modernamente conferiu ao gênero policial um novo curso teve, parodoxalmente, uma vida incomum e atribulada. Deixou a escola aos 14 anos e daí por diante acumulou inúmeras ocupações, entre as quais carteiro, jornaleiro, balconista, jardineiro, operador de máquinas, estivador, detetive e, por fim, escritor. Também foi militar, servindo na Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Seus romances e contos mudaram o gênero policial, ao enfatizar o relato de ação em detrimento da narrativa de enigma. O romance O falcão maltês (1930), filmado por John Huston e com Humphrey Bogart no papel do frio e cínico Sam Spade, é considerado o mais característico, e a obra-prima, desta tendência. Em 1951, foi preso pela Comissão de Atividades Antiamericanas, liderada pelo general Joseph McCarthy, por se negar a deletar nomes de prováveis comunistas. De 1934 a 1961, quando faleceu vítima de um câncer no pulmão, Hammett não publicou mais nada. O romance Tulip ficou incabado. Obras: Safra vermelha (1928), A maldição em família (1928), A chave de vidro (1931) e O homem magro (1934), que inspirou uma série de filmes de sucesso, além de dezenas de contos, recolhidos de revistas e reunidos em volumes como Continental Op, inicialmente traduzido no Brasil com o título Ferradura dourada, e Tiros na noite. Em 1988, a novela A mulher no escuro (1933) foi reeditada depois de décadas de esquecimento. Como roteirista de Hollywood, adaptou A chave de vidro para o cinema.

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