Noir francês
A lua na sarjeta (La lune dans le caniveau, 1983), David Goodis por Jean-Jacques Beineix.
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domingo, 8 de novembro de 2009
MÚSICA PARA OS OLHOS
Para os apreciadores de jazz, cinema noir e literatura policial, este CD é, obviamente, um sonho. Jazz at the movies band é a banda; White heat: film noir, o disco, lançado nos EUA em 1994. Numa ideia genial, o sexteto formado por Bill Cunliffe, Mark Portman, Matt Harris, Roberto Valle, Bernie Dresel e Brad Dutz reuniu 13 dos maiores temas musicais do cinema noir e, com o apoio de músicos adicionais, simplesmente arrasou. Os filmes e as canções são: This gun for hire (dirigido por Frank Tuttle, 1942), The bad and the beautiful (Vincent Minnelli, 1952), White heat (Raoul Walsh, 1949), Double indemnity (Billy Wilder, 1944), Touch of evil (Orson Welles, 1958), Key largo (John Huston, 1948), Laura (Otto Preminger, 1944), The lost weekend (Billy Wilder, 1945), The postman always rings twince (Tay Garnett, 1946), The asphalt jungle (John Huston, 1950), The big sleep (Howard Hawks, 1946), The strange love of Martha Ivers (Lewis Milestone, 1946), The naked city (Jules Dassin, 1948). Um CD que é uma obra-prima, como muitos dos filmes aqui presentes, entre os quais Dupla indenização, A marca da maldade, O destino bate à sua porta, O segredo das joias e O sono eterno, alguns baseados em romances célebres, de escritores não menos célebres, como Raymond Chandler, James M. Cain, Vera Caspary (autora de Laura) e Whit Masterson (autor de A marca da maldade). Bem, prepara aí o martini (bem seco) ou um vinho, liga a "vitrola" e dispara. Boa música para os ouvidos e também para os olhos.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009
JAMES M. CAIN
Nascido em 1892 e morto aos 85 anos, em 1977, James M. Cain só publicou seu primeiro livro aos 42 anos, o arrebatador O destino bate à sua porta, em 1934. Esta novela, de pouco mais de 100 páginas gerou três filmes (a primeira versão, não-autorizada, foi dirigida por Luchino Visconti e constitui um dos marcos do Neo-Realismo italiano), legou ao autor um processo por obscenidade, conferiu-lhe fama e respeito, e inspirou Albert Camus, que confessou a influência do livro de Cain na motivação interna do seu romance O estrangeiro, hoje um clássico da literatura universal. O destino bate à sua porta forma com Dupla indenização (1935), filmado por Billy Wilder, o par de obras mais conhecido, polêmico e reeditado de Cain, às vezes num só volume. Outra obra muito discutida é A borboleta, de 1946: relato de amor e incesto entre pai e filha. (Na adaptação para o cinema, Orson Welles interpreta o pai.) Cain foi professor de matemática, jornalista, cantor, editor, militar e roteirista de filmes em Hollywood. Seus romances estão na fronteira entre a literatura mais séria (de reflexão e proposta de renovação do assunto e da forma), e o relato policial de entretenimento, que só quer fisgar o leitor e conduzi-lo com interesse até o desfecho, gênero do qual foi um mestre indiscutível. Publicou ao todo 18 livros, com destaque ainda para O instituto, A mulher do mágico, Serenata e A história de Mildred Pierce, considerado por muitos críticos, admiradores e escritores a sua obra-prima.
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